Von der Leyen apela à compra colectiva de armas até 2030
Por Yan Vieira
Num mundo cada vez mais assustador, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a necessidade urgente de fortalecer a autonomia de defesa da União Europeia (UE). Em discurso recente, ela propôs a iniciativa “Prontidão 2030”, que visa consolidar a capacidade militar europeia por meio de compras conjuntas de armamentos até o ano de 2030.
Von der Leyen enfatizou que os Estados-membros devem poder confiar plenamente nas cadeias de suprimentos de defesa europeias, especialmente em momentos de necessidade urgente. Para isso, é essencial criar um mercado único de equipamentos de defesa dentro da UE até 2030.
Um dos pilares dessa estratégia é o Mecanismo Europeu de Vendas, que busca centralizar a demanda nacional e realizar aquisições conjuntas de armas. Essa abordagem visa proporcionar um fluxo constante de pedidos plurianuais, incentivando investimentos de longo prazo e aumentando a capacidade da indústria de defesa europeia.
Além disso, a Comissão Europeia propôs um fundo de €150 bilhões para que os países invistam em defesa. Essa medida busca não apenas aumentar os gastos militares, mas também preencher lacunas de capacidade em infraestrutura e mobilidade militar por meio de colaborações em larga escala. O objetivo é desenvolver tecnologias avançadas para o campo de batalha, como diversos tipos de drones não tripulados e computação quântica.
Von der Leyen ressaltou que, embora os Estados-membros continuem responsáveis pelas suas próprias tropas, é necessário dar passos importantes em nível europeu. Ela lamentou o “excesso de complacência” e a falta de investimento após a queda do Muro de Berlim, enfatizando a importância de aumentar a produção de armamentos e simplificar medidas para fortalecer a base industrial europeia.
A proposta também incentiva os países da UE a adquirirem equipamentos militares de fornecedores europeus, exigindo que pelo menos 65% das compras sejam provenientes da UE, Noruega ou Ucrânia para novos empréstimos. Essa mudança visa reduzir a dependência de empresas de defesa de fóruns do bloco, fortalecendo a autonomia estratégica europeia.
Em suma, a iniciativa “Prontidão 2030” representa um esforço significativo para aumentar a autonomia estratégica da UE no setor de defesa, promovendo a cooperação entre os Estados-membros e fortalecendo a indústria de defesa europeia até 2030.
Vídeo no canal: https://youtu.be/XdwV6ChAiRQ
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