Ucrânia não participará das negociações entre Rússia e EUA, afirma Zelensky
Por Yan
Em 17 de fevereiro de 2025, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que a Ucrânia não participará das negociações entre a Rússia e os Estados Unidos previstas para ocorrer na Arábia Saudita. Falando por videoconferência durante uma visita oficial aos Emirados Árabes Unidos, Zelensky afirmou que Kiev não tinha conhecimento prévio dessas discussões e que qualquer acordo sobre a Ucrânia, sem a participação do país, seria inaceitável.
As conversas entre representantes russos e americanos estão programadas para terça-feira, em Riad, com o objetivo de explorar possibilidades para encerrar o conflito em curso na Ucrânia e restaurar as relações bilaterais. No entanto, a ausência da Ucrânia nessas negociações gerou preocupações tanto em Kiev quanto entre os seus aliados europeus. Os líderes europeus enfatizaram que qualquer diálogo sobre a paz na região deve incluir a Ucrânia como parte essencial da discussão.
Durante sua visita aos Emirados Árabes Unidos, Zelensky assinou um acordo de cooperação econômica, abrindo caminho para o livre comércio entre os dois países. Além disso, o presidente ucraniano anunciou que viajará para a Turquia Saudita na terça-feira, coincidindo com as negociações entre Rússia e EUA na Arábia. Essa coincidência de agendas levantou especulações sobre a participação possível da Ucrânia nas conversas; no entanto, Zelensky esclareceu que a sua visita à região foi programada anteriormente e não está relacionada com negociações entre Moscou e Washington.
A posição firme de Zelensky destaca a importância da inclusão da Ucrânia em qualquer processo diplomático que busque resolver o conflito em seu território. A exclusão de Kiev dessas discussões pode comprometer a legitimidade e a eficácia de qualquer acordo potencial, além de ignorar os interesses e a soberania do país diretamente afetados pelo conflito.
Em resposta à situação, os líderes europeus se reuniram em uma cúpula de emergência no Palácio do Eliseu, em Paris, para discutir estratégias de defesa e possíveis ações conjuntas. O primeiro-ministro do Reino Unido, entre outros, enfatizou a necessidade de a Europa intensificar o seu apoio à Ucrânia e garantir que qualquer acordo de paz respeite a soberania ucraniana e a segurança europeia.
A comunidade internacional continua a acompanhar de perto os desdobramentos dessas negociações e a posição da Ucrânia, confirmando que a paz na região só será alcançada com a participação ativa e o consentimento de todas as partes envolvidas.
Vídeo no canal: https://youtu.be/1Jk_-TVtTps