Nas últimas semanas, a escalada da tensão entre Estados Unidos e Venezuela ganhou novos capítulos que preocupam a comunidade internacional. De acordo com investigação da agência Axios publicada em 29 de agosto de 2025, o então presidente americano Donald Trump teria ordenado que sete navios de guerra, transportando 4,5 mil pessoas, entre eles três contratorpedeiros com mísseis guiados e pelo menos um submarino de ataque, adentrassem as águas venezuelanas. A operação, não oficialmente confirmada como uma invasão, fazia parte de uma ofensiva para pressionar politicamente o governo de Nicolás Maduro, com base em uma suposta luta contra o narcotráfico na região, mas com evidente objetivo de mudança de regime em Caracas.
Segundo fontes próximas ao governo americano, havia incertezas internas sobre o caráter da missão — se ela seria focada no combate ao narcotráfico ou uma ação de força direta para capturar Maduro. Uma autoridade teria declarado que “todas as possibilidades estão na mesa,” indicando um “menu de opções” para lidar com o regime chavista, incluindo estratégias militares.
Em resposta, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou que não há como os Estados Unidos entrarem na Venezuela e saudou a mobilização das forças armadas e da Milícia Bolivariana, composta por civis que têm sido convocados em massa para defender o país contra ameaças externas. Em discurso durante evento militar em 28 de agosto, Maduro declarou que a Venezuela está mais forte e preparada do que nunca para proteger sua soberania e integridade territorial, destacando que os EUA “não conseguirão” invadir seu território.
Maduro ainda convocou uma nova rodada de alistamento para a Milícia Bolivariana, com objetivo de ampliar o efetivo para cerca de 4,5 milhões de milicianos ideologicamente comprometidos com o regime, reforçando a resistência diante das pressões externas.
O governo dos Estados Unidos, apesar das movimentações, mantém posição reservada em relação às suas ações na região, limitando-se a afirmar que utiliza “toda a força possível” para combater o narcotráfico e apoiar a estabilidade hemisférica. Ao mesmo tempo, segue oferecendo recompensas milionárias por informações que possam levar à prisão de Maduro, intensificando a pressão política e econômica.
Essa situação expressa o clima de confrontação entre Washington e Caracas, que mescla medidas militares, econômicas e políticas, enquanto a Venezuela reafirma sua soberania e resistência diante do que considera ameaças imperialistas.
A tensão na região do Caribe permanece em alerta máximo, com riscos claros de conflito regional em um cenário geopolítico delicado e que segue acompanhando atentamente os desdobramentos dessa disputa entre duas potências que impactam diretamente a América Latina.
Vídeo no canal: https://youtu.be/2TUXh9FuU-k