No dia 24 de agosto de 2025, a Ucrânia lançou uma ofensiva significativa com drones contra instalações russas, incluindo um importante complexo nuclear e um terminal de exportação de combustível no porto de Ust-Luga, no Golfo da Finlândia. Os ataques marcaram o aniversário da independência ucraniana e evidenciam a continuidade do conflito que permanece intenso entre os dois países.
Um dos alvos foi a usina nuclear de Kursk, localizada a apenas 60 km da fronteira com a Ucrânia. Os sistemas de defesa aérea russos interceptaram um drone, que explodiu próximo à usina danificando um transformador auxiliar. Esse dano forçou uma redução de 50% na capacidade operacional do reator número 3. Apesar do incêndio causado, não houve aumento nos níveis de radiação, nem registro de feridos, conforme confirmou o complexo nuclear e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A AIEA ressaltou a importância de proteger todas as instalações nucleares, especialmente em regiões de conflito.
Paralelamente, cerca de 10 drones ucranianos foram interceptados sobre o terminal de combustível da Novatek em Ust-Luga, um complexo estratégico para a exportação de petróleo e gás no Mar Báltico. Os destroços desses ataques provocaram um incêndio substancial no terminal, que foi controlado sem causar vítimas. O governador da região de Leningrado destacou a resposta rápida dos bombeiros e equipes de emergência para conter o fogo.
Além disso, houve relatos de ataques aéreos ucranianos em instalações industriais em outras regiões na Rússia, como em Syzran, onde uma criança ficou ferida, mostrando que a ofensiva ucraniana visa principalmente infraestruturas consideradas cruciais para a continuidade militar e econômica da Rússia.
As autoridades russas afirmaram que interceptaram ao menos 95 drones ucranianos em várias regiões durante a noite, enquanto a Força Aérea ucraniana informou que Moscou lançou ataques retaliatórios com drones e mísseis contra a Ucrânia no mesmo período.
Este episódio ressalta a escalada tecnológica da guerra, onde drones se tornam ferramentas cada vez mais frequentes e determinantes para atingir objetivos estratégicos, enquanto ambos os lados buscam desestabilizar as capacidades do adversário. O ataque ao maior complexo nuclear russo e ao terminal de energia demonstra a intensidade do conflito e os riscos associados à segurança regional e global.
A continuidade dos ataques mostra que, mesmo com discussões diplomáticas em curso, o campo militar permanece ativo e vulnerável, o que exige atenção redobrada da comunidade internacional para evitar acidentes e ampliar esforços para um cessar-fogo duradouro.
Vídeo no canal: https://youtu.be/cjKc-XPlx7M