Nos últimos dias, o conflito entre Rússia e Ucrânia atingiu novos patamares de intensidade, com a Rússia realizando o maior ataque aéreo já registrado contra a capital ucraniana, Kiev, e a Ucrânia retaliando com ataques a bases aéreas russas dentro do território da Rússia. Esses episódios revelam a escalada do confronto, com impactos diretos sobre civis, infraestrutura e a dinâmica militar da guerra.
O maior ataque aéreo russo contra Kiev

Na madrugada do dia 4 de julho de 2025, a Rússia lançou um ataque massivo contra Kiev, utilizando uma combinação de drones kamikaze e mísseis balísticos e de cruzeiro. Segundo a Força Aérea da Ucrânia, foram disparados 539 drones Shahed, seis mísseis balísticos Iskander-M, quatro mísseis de cruzeiro Iskander-K e um míssil aerobalístico Kinzhal, totalizando 550 alvos. Desses, 63 drones e nove mísseis atingiram seus alvos, enquanto as defesas ucranianas conseguiram repelir ou eliminar 478 ameaças aéreas.
O ataque causou graves danos em quase todos os distritos da capital, atingindo prédios residenciais, escolas, hospitais, infraestrutura ferroviária e de transporte. Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 26 ficaram feridas, incluindo civis e trabalhadores portuários. Famílias tiveram que buscar abrigo em estações de metrô subterrâneas para se proteger das explosões e do zumbido constante dos drones. Uma densa fumaça tomou conta do céu de Kiev, enquanto equipes de resgate trabalhavam para conter incêndios e remover escombros.
Esse bombardeio representou o maior ataque aéreo desde o início da guerra em 2022, superando recordes anteriores em número de drones e mísseis lançados simultaneamente. O Ministério da Defesa russo confirmou a operação, alegando que os alvos eram instalações militares e do complexo militar-industrial ucraniano, embora o impacto sobre áreas civis tenha sido severo.
O ataque ocorreu poucas horas após uma ligação telefônica entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin, na qual Trump pediu o fim da guerra, mas expressou frustração com a recusa de Putin em negociar um cessar-fogo.
A resposta ucraniana: ataque a base aérea russa em Voronezh

Em resposta à escalada russa, a Ucrânia anunciou um ataque a uma base aérea militar russa localizada em Borisoglebsk, na região de Voronezh, território russo próximo à fronteira com a Ucrânia. O ataque, realizado por forças especiais ucranianas com uso de drones, teria atingido um depósito de bombas planadoras, uma aeronave de treinamento e possivelmente outros aviões de combate, incluindo caças Su-34, Su-35S e Su-30SM.
Embora as autoridades russas não tenham confirmado danos específicos à base, o governador da região informou que mais de 25 drones foram abatidos durante a noite e que houve danos temporários a uma linha de energia, sem vítimas ou danos maiores relatados.
Esse ataque demonstra a capacidade da Ucrânia de atingir alvos estratégicos dentro do território russo, ampliando o alcance do conflito e mostrando que a guerra não está restrita apenas às fronteiras ucranianas.
Impactos e perspectivas
Esses episódios refletem uma escalada preocupante na guerra, com uso massivo de drones e mísseis por ambos os lados, aumentando o impacto sobre civis e infraestrutura crítica. O grande volume de ataques aéreos russos visa pressionar a Ucrânia e desgastar sua capacidade defensiva, enquanto a resposta ucraniana busca enfraquecer as forças russas e demonstrar resiliência.
A situação permanece volátil, com riscos elevados para a população civil e pouca perspectiva de cessar-fogo imediato. A comunidade internacional acompanha com preocupação esses desenvolvimentos, que podem influenciar negociações futuras e o equilíbrio geopolítico na região.
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Até a próxima,
Yan
Vídeo no canal: https://youtu.be/sv3yMXY9tTA