Em setembro de 2025, o conflito entre Rússia e Ucrânia atingiu um novo patamar de violência, marcado por ataques aéreos em larga escala que envolvem centenas de drones e mísseis, causando graves perdas humanas e danos significativos à infraestrutura civil e militar ucraniana.
No ataque mais intenso até então, ocorrido em Kiev, a Rússia lançou mais de 800 drones e diversos mísseis contra alvos espalhados pela capital e outras localidades estratégicas. Esse bombardeio resultou na morte de dezenas de civis, incluindo mães e crianças, e deixou dezenas de feridos, além de danificar prédios residenciais, centros governamentais — atingidos pela primeira vez — e infraestruturas essenciais. Apesar da robusta defesa aérea ucraniana que derrubou a maioria dos drones e míssil, autoridades relataram impactos diretos que geraram incêndios e cenas de desolação urbana.
Além disso, ataques semelhantes ocorreram em outras cidades, como Zaporizhzhia, onde um ataque russo com drones matou três pessoas e feriu outras duas, destruindo apartamentos, residências e edifícios comerciais, conforme relato do governador local. As ofensivas aéreas russas são respondidas pela Ucrânia, que também tem intensificado seus ataques dentro do território russo, mirando instalações estratégicas, com o objetivo de desestabilizar a logística e a capacidade militar do inimigo.
O uso coletivo de drones evidencia uma evolução tecnológica no modo de fazer guerra na região, com ambas as partes empregando essas aeronaves não tripuladas para agressões ofensivas e defensivas. Ao mesmo tempo, a crescente presença militar russa e a resposta da OTAN, incluindo a interceptação de drones russos em países como Polônia e a proteção do espaço aéreo estoniano, indicam um aumento da tensão que pode extrapolar o conflito direto e se tornar um problema de segurança regional mais amplo.
O cenário humanitário, entretanto, é grave: milhares de civis foram mortos ou feridos desde o início da guerra, com infraestruturas de saúde, educação e moradia sofrendo com a destruição causada pelos bombardeios. Agências internacionais, como a ONU e o Unicef, têm enfatizado a necessidade do respeito ao direito internacional humanitário, denunciando o sofrimento dos civis e a morte de crianças.
A continuidade das operações militares em escalada, a busca da Rússia por consolidar territórios anexados no leste da Ucrânia, e a resistência ucraniana por meio de contraofensivas e apoio internacional mantêm a guerra em um impasse sangrento e complexo, que ainda não apresenta sinais claros de resolução.
Vídeo no canal: https://youtu.be/L1PxgeV8tAY