No início da tarde de 16 de setembro de 2025, a cidade de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, foi alvo de um intensificado ataque das forças russas que resultou na morte de um homem de 41 anos, deixou pelo menos 18 feridos, incluindo duas crianças, e provocou uma série de incêndios em residências, prédios comerciais e um posto de gasolina.
Segundo o governador regional Ivan Fedorov, os russos utilizaram dez ataques com sistemas múltiplos de lançamento de foguetes, supostamente foguetes Tornado-S, danificando dezenas de residências e apartamentos, gerando um impacto profundo na infraestrutura civil e na segurança da população. As imagens das equipes de emergência combatendo incêndios e buscado sobreviventes retratam um cenário devastador e que reitera o caráter indiscriminado dos ataques russos.
A ofensiva não se limitou a Zaporizhzhia: simultaneamente, outras regiões como Mykolaiv, Kharkiv e Kiev também foram atacadas durante a noite, com uso massivo de mais de 100 drones, cerca de 150 bombas planadoras e quase 190 mísseis lançados pela Rússia só no mês corrente. Em Kiev, um grande centro logístico de varejo foi incendiado, impressionando pela fumaça densa que subiu aos céus da capital.
O presidente Volodymyr Zelenskiy classificou os ataques russos como “terror aéreo” e reforçou seu apelo aos países aliados para a implementação urgente de uma defesa aérea conjunta e multissetorial sobre a Ucrânia e a Europa. Segundo ele, a vulnerabilidade da Ucrânia diante da modernização do arsenal russo e da intensidade das ofensivas aéreas não apenas agrava perdas humanas, mas ameaça a estabilidade regional e a segurança do continente.
Esse cenário prolonga a crise humanitária, aumentando as dificuldades de socorro e recuperação e colocando em risco civis, especialmente crianças, que continuam sendo vítimas diretas da violência. A resposta internacional, entretanto, ainda é insuficiente para controlar a escalada dessas ofensivas, o que torna crucial o apoio reforçado para sistemas de defesa e proteção civis.
Em suma, os ataques intensificados em Zaporizhzhia e demais regiões refletem uma fase crítica do conflito, marcada pela conjugação da violência aérea russo-ucraniana e a urgente necessidade de uma cooperação defensiva ampliada, com foco na proteção das populações civis e na contenção da agressão.
Vídeo no canal: https://youtu.be/6-EoX9HIz-I
