Nos últimos dias, houve uma notável intensificação do uso de drones ucranianos em ataques contra alvos estratégicos russos, refletindo uma escalada significativa na guerra que já dura desde 2022. O arsenal não tripulado tem sido utilizado para atingir tanto infraestruturas militares quanto econômicas da Rússia, ampliando o espectro de danos e pressões sobre Moscou.
Em 11 de setembro de 2025, forças ucranianas utilizaram drones para atacar um centro de treinamento vinculado à usina nuclear de Zaporizhzhia, uma das maiores instalações do gênero na Europa, controlada atualmente por forças russas. De acordo com relatos russos, o ataque causou danos ao centro, ampliando a preocupação internacional com riscos nucleares no contexto beligerante.
No mesmo dia, as defesas aéreas russas afirmaram ter derrubado nove drones ucranianos que se dirigiam à capital Moscou. Apesar da escala do ataque, as autoridades russas asseguraram que não houve danos significativos ou vítimas na cidade, demonstrando a eficácia do sistema antiaéreo russo no controle do espaço aéreo urbano.
Já em 12 de setembro, a Ucrânia executou um ataque drone ao maior terminal de petróleo da Rússia, localizado em Novorossiysk, no Mar Negro. O ataque provocou incêndios e danos estruturais que afetaram a operação do terminal, sinalizando um avanço da ofensiva ucraniana para áreas econômicas críticas russas, ampliando a guerra para um componente de desgaste econômico direto ao principal produtor mundial de petróleo.
A série de ataques ocorreu em meio a uma intensa ofensiva russa com lançamento de centenas de drones e mísseis contra alvos ucranianos, incluindo áreas civis e infraestruturas energéticas. Ambos os lados vêm utilizando veículos aéreos não tripulados com elevada frequência, configurando uma guerra cibernético-eletrônica e assimétrica que eleva a tensão na região.
Esses eventos ressaltam também a crescente preocupação internacional com a segurança da Europa, levando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a propor a criação de um escudo aéreo conjunto europeu, após incursões de drones russos em território da Polônia, membro da OTAN. O pedido do líder ucraniano reforça a necessidade de estratégias defensivas coordenadas diante da complexidade e abrangência do conflito.
Em suma, esta fase da guerra Rússia-Ucrânia é caracterizada pela multiplicação dos ataques com drones em múltiplas frentes, atingindo não apenas objetivos militares diretos, mas também instalações civis e econômicas estratégicas, aumentando o sofrimento da população e a instabilidade regional, com riscos amplificados para a segurança europeia.
Vídeo no canal: https://youtu.be/MlnXeZ6wwwk